A vacina contra coronavírus é o assunto mais falados na mídia nos últimos tempos. Por tratar-se da esperança contra todo o caos mundial que a doença trouxe, cientistas, médicos e farmacêuticos se encontram debruçados em cima de estudos baseados nas características deste vírus.
No entanto, doses de diversos imunizantes já começam a ser distribuídas pelo mundo em larga escala e é nesta etapa que os problemas relacionados a logística começam a aparecer.
É importante que a indústria farmacológica, junto aos governos, garanta todos os suprimentos e condições de preservação dos imunizantes.
A cadeia de distribuição de vacinas
Para que o método de distribuição das vacinas seja bem-sucedido, é necessário aprimoramento de técnicas como estocamento, manuseio e rastreio. Estes 3 pilares que irão garantir a validade e fazer com que as doses cheguem ao destino correto.
Claro que, infelizmente, lotes podem perder conteúdos no meio do processo, mas isso deve ser evitado o máximo possível. O contingente de vacinas é escasso e a crise também impacta no valor das matérias-primas para a produção.
A situação da distribuição de vacinas no brasil
O Brasil já é muito elogiado por seu programa vacinal de rotina. Nós erradicamos doenças como a polimielite e a varíola. Todavia, nunca nos foi cobrada tamanha rapidez para o desenvolvimento, produção, distribuição e cumprimento de uma campanha vacinal que cubra a população inteira.
A cadeia de distribuição a frio é uma solução plausível para dar um “start” em todo este processo. Os imunizantes convencionais são armazenados entre 2 e 8 graus Celsius. A Coronavac e a vacina de Oxford/Astrazeneca, por exemplo, já contam com esta variação de temperatura padrão.
Porém, como os desenvolvedores estão mais focados na produção rápida e eficaz do imunizante, são exigidas (por precaução) temperaturas muito baixas para a conservação, podendo chegar a -80 graus centígrados.
O território brasileiro não possui câmaras de refrigeração com tanto potencial. Logo, a exportação precisa ser controlada de forma minuciosa para garantir a chegada dos lotes.
Quais as soluções para a distribuição de vacinas?
A solução básica é adequar a infraestrutura desde a ponta inicial a final da cadeia de distribuição. Do produtor no laboratório da Inglaterra até as transportadoras entregarem nos locais de vacinação. Todos devem seguir, de forma ferrenha, os protocolos e entregar as doses nas datas marcadas.
Uma das principais dicas é evitar que as vacinas passem por muitos meios de transporte. Há burocracias, como vista de controle e inspeção e desembaraço aduaneiro, que atrasam o processo. O ideal é que elas sigam em vôos (por mais longos que sejam).
A exemplo temos a vacina desenvolvida em parceria com a Sinovac BionTech. Vindos da China, os lotes aterrissam após uma viagem ininterrupta.
Todo o conteúdo fica em grandes caixas refrigeradoras que são descarregadas no Aeroporto Internacional de São Paulo em Guarulhos. De lá, os imunizantes partem para aviões. Eles são encarregados de fazer a distribuição regional (ou seja, dentro do território nacional).
Por que países da porção sul sofrem mais?
No atual momento, os sul-americanos serão um dos povos mais afetados. Sem a produção efetiva de vacinas nacionais, as que vem da Ásia, Europa e América do Norte terão que chegar em levas menores para evitar danos ao conteúdo.
Mas, fique atento, ainda há esperança. Nos últimos dias, foi anunciada a Butanvac, vacina exclusiva do Instituto Butantan. O imunizante fabricado diretamente na capital paulista será distribuído ao estado de São Paulo e ao Brasil a partir de maio de 2021.
Conclusão
Um sistema mal gerido de vacinas levará a altas taxas de desperdício, corroborando ainda mais para o colapso na área da saúde e na área financeira, já que mais dinheiro será gasto para fazer circular imunizantes inativos por falta de preservação de temperatura.
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